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terça-feira, 16 de março de 2010

Organismos financeiros mundiais apoiam proposta de "carta da economia sustentável"
Merkel ao lado dos principais representantes financeiros e econômicos mundiais
Angela Merkel obteve o apoio dos principais organismos econômicos e financeiros internacionais à sua sugestão de uma "carta para uma economia sustentável".

A proposta de uma "carta para uma economia sustentável" foi apresentada num encontro a convite de Merkel realizado nesta quinta-feira (05/02), em Berlim, com representantes da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O encontro serviu de preparação à cúpula do G20 em Londres em abril próximo, que pretende buscar instrumentos para melhorar a transparência dos mercados financeiros. O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, o diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, e o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, asseguraram apoio à idéia de Merkel, que sugere criar um novo órgão de controle da economia mundial baseado numa maior interação entre as instituições financeiras mundiais. Tal instituição de controle teria de ser subordinada às Nações Unidas e não ser bancada apenas pelos países do G20, declarou Merkel.

Importância dos emergentes

Merkel vem defendendo há mais tempo uma nova ordem econômica mundial. O modelo alemão de economia social de mercado é visto por ela como o exemplo ideal. Agora, ela conseguiu convencer os líderes das cinco principais instituições financeiras do mundo.

O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, ressaltou que apóia a proposta de Merkel porque a carta seria mais do que um instrumento de combate à atual crise. O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, diz que falta ainda preencher o vácuo institucional. e que é necessário encontrar novos meios de controle da economia mundial. "Começamos com isso hoje", afirmou.

A garantia de crescimento só pode ser o desenvolvimento eficiente da economia social de mercado, afirmou Merkel, e este é o objetivo da "carta para uma economia sustentável". O importante, acrescentou, é que na atual crise financeira internacional não se perca de vista os países em desenvolvimento.

"Eles não têm somente o direito a um desenvolvimento justo, mas é de nosso interesse que haja um desenvolvimento positivo, pois o crescimento econômico mundial não poderá ser gerado de forma permanente sem os países em desenvolvimento", afirmou a chanceler federal.
O Brasil tem um desafio: conciliar desenvolvimento com preservação. O desmatamento desenfreado da Amazônia, a maior floresta tropical do planeta, não pode continuar. Quase um quinto da vegetação original já desapareceu, metade disso nos últimos vinte anos, quando o avanço das motosserras passou a ser monitorado com imagens feitas por satélites. O pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na semana passada, ocorreu no contexto desse debate central para o futuro - como conciliar o crescimento econômico com a proteção ambiental, sobretudo na região amazônica, que abrange mais da metade do território nacional. Marina teve de sair porque não soube solucionar essa equação. Sua saída, porém, não muda em nada o dilema colocado diante dos brasileiros.

Para dar o salto econômico de que necessita, o Brasil não pode abrir mão de seu potencial agropecuário ou de investir na geração de energia. Tampouco pode destruir um bioma que é ao mesmo tempo um patrimônio nacional a ser preservado e um foco de interesse internacional. Pela diversidade biológica e pelo papel que a floresta tropical brasileira desempenha no equilíbrio climático do planeta, seu destino desperta preocupação global. A reação no exterior ao pedido de demissão da ministra foi de susto.

O jornal inglês The Guardian qualificou a saída de Marina Silva como "uma ameaça ao futuro da maior floresta tropical do mundo". Marina Silva nunca passou de um ícone, uma peça de marketing exibida pelo governo Lula para mostrar uma suposta vocação ambientalista. Muito antes de ser ministra, ela era reconhecida internacionalmente como defensora da preservação da Floresta Amazônica, com excelente trânsito entre as ONGs mais barulhentas do planeta. No cargo de ministra, porém, mostrou pouca intimidade com a burocracia, a começar pela montagem da equipe. Seus principais assessores eram quase todos militantes de organizações dogmáticas, que viviam em atrito permanente com setores do próprio governo.

Desde o primeiro mandato, Marina travou uma queda-de-braço com a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. As divergências com relação à concessão de licenças ambientais para a construção de hidrelétricas chegaram a tal ponto que as duas mal se cumprimentavam. Para Dilma, Marina era um obstáculo ao crescimento do país. Marina considerava Dilma a encarnação de tudo o que deveria ser combatido pelo governo.

O presidente Lula também não escondia de seus interlocutores a irritação com o desempenho da Pasta do Meio Ambiente. Nas últimas semanas, houve dois exemplos claros do processo de fritura da ministra. O primeiro foi o lançamento da Política Industrial, que não tinha uma linha sequer sobre a questão ecológica, apesar dos longos textos sobre o assunto enviados por Marina ao Planalto. Depois, no que acabou sendo a gota d'água, o presidente anunciou que o Plano Amazônia Sustentável seria coordenado por Mangabeira Unger, ministro de Assuntos Estratégicos. O plano era um filhote do ministério de Marina, e ela tinha esperanças de assumir sua coordenação. Entre quatro paredes, Lula mostrou-se aliviado com a renúncia da ministra.
Volta e meia, visito o No Impact Man (O homem do impacto zero, em uma tradução livre) para ver o que ele anda aprontando. Aliás, o projeto dele é bem legal: ele se propôs a, durante um ano, zerar o impacto da família (ele, esposa, filha pequena e um cachorro) sobre o meio ambiente, morando em Nova York. Ele quer provar que é possível viver em uma grande metrópole e ser legal com o meio ambiente ao mesmo tempo. Claro que, na sua experiência, ele toma algumas medidas radicais, tipo mandar cortar a luz do apartamento, mas a proposta dele diz respeito a descobrirmos o que podemos fazer para minimizar o impacto sobre o meio ambiente, ajudando-nos a descobrir o que é viável dentro da realidade de cada um. Mas esse cara merece um post à parte, porque nem eu mesma consegui explorar todas as informações disponíveis por lá.

Enfim, no post de hoje, ele fala sobre a relação entre economia e a felicidade do povo. E apresenta a New Economics Foundation (Fundação pela Nova Economia, em tradução livre), que elaborou o Happy Planet Index (HPI ou Índice da Felicidade do Planeta). Esse índice mede a eficiência da economia de um país em termos de saúde e felicidade por tonelada de gases de efeito estufa emitida. Cada país ganha pontos pelos níveis de satisfação e expectativa de vida e perde pontos pelo tamanho da pegada ecológica média de seus cidadãos.

Entre 178 países, o Brasil figura em 63º lugar, com um HPI de 48,6, considerado médio. Segundo a fundação, nem mesmo o país com o índice mais alto (Vanuatu) é perfeito, e está longe de ter um índice considerado desejável. Eles também explicam que os países mais bem colocados não são necessariamente os mais felizes do mundo (nenhum dos países ganhou nota alta em todos os três aspectos medidos), mas que seus habitantes são bem-sucedidos, vivem muitos anos e são felizes sem abusar demais dos recursos naturais. Segundo eles, o alto consumo de recursos não está diretamente relacionado a altos níveis de bem-estar.

Se quiser calcular o seu HPI (em inglês), clique aqui. Meu total deu 47.7 (mais ou menos a média do Brasil, ou seja, tenho um longo caminho pela frente), e achei legal responder ao questionário porque pode me ajudar a refletir sobre meus hábitos e o que posso mudar (eles inclusive dão dicas sobre o que podemos fazer para melhorar).
Economia sustentável: aquela em que as decisões de desenvolvimento, políticas e práticas não destruam os recursos do planeta Terra e sejam implementadas com respeito às várias culturas do mundo.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades. Uma das novas teorias de desenvolvimento seria, justamente, a que combina eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica.
O que precisa acontecer, para essa "Sustentabilidade" realmente ocorrer, é uma mudança geral de comportamento e estilos de vida, principalmente em padrões de consumo e produção. Pretende-se levar os alunos, e as pessoas em geral, a compreender a complexidade do ambiente resultante das interações nos seus aspectos biológicos, físicos, sociais e culturais, criando um modo de interpretarem isoladamente esses diferentes elementos no espaço e no tempo, a fim de que futuramente realizem uma utilização mais criteriosa e prudente dos recursos naturais. E, também, que percebam a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural, favorecendo a participação de todos no momento de conceber e aplicar decisões.